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Mostrando postagens de setembro, 2016

Pensamentos errantes

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"Você está sujeito aos pensamentos errantes porque você ouve conversas alheias e a memória delas permanece com você. Com estas memórias o inimigo tece uma teia na frente do olho da sua mente, a fim de enredá-lo. Quando isso acontece, você deve descer ao seu coração, virando-se para longe das imagens ilusórias apresentadas pelo inimigo, e chamar ao Senhor." São Téofono, o Recluso

EXTRA, EXTRA: PRECISA-SE DE FORMAÇÃO ESPIRITUAL

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T enho muito me preocupado com os rumos tortuosos, e porque não perigosos, com que a igreja evangélica brasileira têm flertado nesta última década de cristianismo. Sou do tipo que não consegue ver certas coisas acontecerem e ficar de longe olhando sem, ao menos, não falar nada. Nestes anos que se passaram, chegando nos dias de hoje, temos presenciado uma verdadeira explosão de novas denominações em solo brasileiro. Se não me engano contabiliza-se hoje 380 denominações evangélicas no país. Este número assustador compreende desde as igrejas de confissão de fé histórica até as mais recentes neo-pentecostais. Juntamente com tão grande diversidade de nomes, estas mesmas denominações também nos oferecem um vasto “cardápio” doutrinário e um número ainda maior de estilos litúrgicos e de modelos de gestão de igrejas. Temos desde os modelos tradicionais, passando pelos adeptos do “propositanismo” até os “celulares” (por favor não confudam com este abençoado aparelho que tanto nos ajuda

Adultério do coração

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"Mais uma vez, o Papa baseia suas reflexões nas palavras de Cristo, desta vez retiradas do Sermão da Montanha: "Ouvistes o que foi dito: "Não cometerás adultério.". Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração."(Mt 5,27-28) “Como exemplo, Cristo fala diretamente da concupiscência do homem, mas o princípio aplica-se igualmente às mulheres.” (Retirado do livro "Teologia do Corpo para Principiantes - Christopher West)

Pessoas infelizes

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As pessoas sentem-se infelizes e não sabem o porquê. Elas sentem que algo está errado, mas não sabem apontar exatamente o quê. Elas se sentem desconfortáveis no mundo, confusas e frustradas, alienadas e afastadas, e elas não podem explicar. Elas têm tudo, e ainda querem mais. E quando conquistam, sentem-se ainda vazias e insatisfeitas. Elas querem felicidade e paz, e nada parece trazer. Elas querem realização, e nunca parece vir. Tudo está bem, e ainda assim tudo está errado. Isto é uma doença mundial. As pessoas estão cobertas pela atividade frenética e a corrida sem fim. Elas estão enterradas em atividades e eventos. Estão cercadas por programas de televisão e jogos. Mas quando o movimento cessa e a tela é desligada e tudo está tranquilo... então a ansiedade se instala, e a falta de sentido de tudo isso, e o tédio e o medo. Por que isto é assim?  Porque não estamos realmente em casa. Estamos no exílio. Estamos alienados e afastados de nossa verdadeira pátria. Nós não estamo

O que é ser salvo?

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"Temos de ser salvos da imersão num mar de mentiras e de paixões denominado 'o mundo'. E temos, sobretudo, de ser salvos do abismo de confusão e de absurdo que é o nosso próprio ser mundano. A pessoa tem de ser salva do indivíduo. O filho de Deus, livre, tem de ser salvo do escravo conformista da fantasia, da paixão e da convenção. O ser íntimo, misterioso e criador tem de ser libertado do ego esbanjador, hedonista e destruidor, que procura apenas cobrir-se  com disfarces. Estar 'perdido' é estar entregue à arbitrariedade e aos subterfúgios do eu contingente, do ser feito de fumaça que terá inevitavelmente de desaparecer. Ser 'salvo' é voltar à própria realidade inviolada e eterna, é viver em Deus." Thomas Merton, "Novas Sementes de Contemplação", Fisus 1999, pág. 46 (Capítulo 6. Reze pela sua própria descoberta). Foto de Bill Murphy - Caminho para pedestres da Abadia de Gethsemani.

Origem, Tradição e Uso do Cordão Ortodoxo

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1. A Oração de Jesus: a mais importante oração da tradição bizantina. «Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, pecador!» ma das mais simples orações da Tradição Ortodoxa, uma oração de poucas palavras e tão antiga quanto os Evangelhos, ocupa um lugar destacado como a principal oração do Oriente Cristão: a  Oração de Jesus , também conhecida como a  Oração incessante do Coração . Encontramos sua origem nos Evangelhos, em passagens como a da mulher Cananéia (Mt 15, 22), a dos cegos de Jericó (Mt 20, 30) e da oração do publicano (Lc 18, 13). Em todas estas passagens, encontramos a  petição sincera por misericórdia , dirigida direta e confiantemente a Deus, tanto na Pessoa do Pai quanto na do Filho. A forma estabelecida da Oração tomou por base o  Nome de Jesus e a oração do publicano , pois o Nome de Jesus é a oração por excelência, invocação de Deus, e «em nenhum outro [Nome] há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homen

São Pedro Julião Eymard: criador da adoração perpétua do Santíssimo Sacramento

De humilde fabricante de azeite, transformou-se em pregador com palavras de fogo, em profeta, operou milagres e conheceu com antecedência o trono que ocuparia na corte celeste Roberto Alves Leite E m 1804, apareceu no vilarejo de La Mure um amolador de objetos, acompanhado de sua filha de cinco anos de idade, órfã de mãe, que perguntava de casa em casa se havia utensílios para serem afiados por seu pai. Este tinha por nome Julião Eymard, originário de outra localidade, Auris, onde se casara e tivera seis filhos desse casamento. Perseguido pelos " patriotas " da Revolução Francesa, perdeu boa parte de seu patrimônio. Com a morte da esposa, em 1804, resolveu tentar a sorte noutro lugar. Deixou então cinco filhos com pessoas amigas e saiu à procura de sustento, levando apenas a caçula. O espírito de solidariedade católica, que ainda havia em La Mure, facilitou  o estabelecimento de Julião naquele local, onde prosperou e contraiu novas núpcias. De seu segundo casam

Cultivai o santo recolhimento - São Pedro Julião Eymard

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Daí ao próximo as chamas de vosso coração delicado, mas deixai a este no Coração de Jesus, e nada tereis a recear, nada a temer. Cultivai o santo recolhimento, isto é, vivei em sociedade de vida, de união e de amor com Deus, com Nosso Senhor. O santo recolhimento é a raiz da árvore, a vida das virtudes e até do amor divino:  é a força da alma concentrada em Deus para daí irromper e expandir-se. Que Nosso Senhor vos conceda essa Graça das graças. Permanecei sempre no interior , vivei em vosso interior, possui-vos, virai-vos de fora para dentro,  deixai este mundo ;  retirai-vos com Jesus em vosso coração, onde Ele vos move a alma , falai-Lhe a linguagem interior que só o amor entende e compreende. Entretei uma doce e habitual conversação em vosso interior e não o percais de vista, se quiserdes conformar-vos àquele que dizia:  “Jesus é minha alegria e felicidade!”  Lembrai-vos deste princípio de vida, de que  só encontrareis felicidade no serviço de Deus na vida interior de

BENTO JOSÉ LABRE Leigo, Santo

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“O cigano de Cristo”, este também é seu apelido, que demonstra claramente o que foram os trinta e cinco anos de vida de Bento José Labre, treze deles caminhando e evangelizando pelas famosas e seculares estradas  de Roma. Aliás, o antigo ditado popular que diz que “todos os caminhos levam a Roma” continua sendo assim para todos os cristãos. Entretanto, principalmente no século XVII, em qualquer um deles era possível cruzar com o peregrino Bento José e nele encontrar o caminho que levava a Deus. Ele era francês, nasceu em Amettes, próximo a Arras, no dia 27 de março de 1748, o mais velho dos quinze filhos de um casal de agricultores pobres. Frequentou a modesta escola local, mas aprendeu latim com um tio materno. Ainda muito jovem, quis tornar-se monge trapista, mas não conseguiu o consentimento dos pais. Com dezoito anos, pediu ingresso no convento trapista de Santa Algegonda, mas os monges não aprovaram sua entrada. Percorreu a pé, então, centenas de quilómetros até a Normandia,

BENTO JOSÉ LABRE Leigo, Santo

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“O cigano de Cristo”, este também é seu apelido, que demonstra claramente o que foram os trinta e cinco anos de vida de Bento José Labre, treze deles caminhando e evangelizando pelas famosas e seculares estradas  de Roma. Aliás, o antigo ditado popular que diz que “todos os caminhos levam a Roma” continua sendo assim para todos os cristãos. Entretanto, principalmente no século XVII, em qualquer um deles era possível cruzar com o peregrino Bento José e nele encontrar o caminho que levava a Deus. Ele era francês, nasceu em Amettes, próximo a Arras, no dia 27 de março de 1748, o mais velho dos quinze filhos de um casal de agricultores pobres. Frequentou a modesta escola local, mas aprendeu latim com um tio materno. Ainda muito jovem, quis tornar-se monge trapista, mas não conseguiu o consentimento dos pais. Com dezoito anos, pediu ingresso no convento trapista de Santa Algegonda, mas os monges não aprovaram sua entrada. Percorreu a pé, então, centenas de quilómetros até a Normandia,

São Bento José Labre: O “vagabundo de Cristo”

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Em pleno século XVIII, quando a sociedade ocidental alcançava um auge de refinamento nas maneiras, na culinária, na cultura e nos costumes, um mendigo vinha lembrar aos homens as verdades eternas. As inúmeras igrejas de Roma exercem uma irresistível atração sobre quem passa diante de suas portas. Ainda quando está tomado pelos afazeres do dia-a-dia, o transeunte acaba por interromper brevemente seu percurso e entrar em uma ou outra delas, para um instante de oração, reflexão ou contemplação. A esse movimento de devoção se acresce às vezes a curiosidade, mesmo para quem já vive há bastante tempo na Cidade Eterna. Com efeito, caminhando pelas ruas ou becos do intrincado centro romano, ele pode deparar-se com uma igreja que nunca tinha visto, ou jamais havia visitado, e cuja aparência exterior é até difícil de distinguir de um edifício profano. Foi o que se deu recentemente comigo, ao afastar-me do Foro Romano e percorrer uma pequena rua na qual divisei uma grande fachada