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Mostrando postagens de 2018

Ser bom

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É por isso que o cristão se encontra numa situação diferente da de outras pessoas que tentam ser boas. Estas esperam, por ser boas, agradar a Deus, quando nele acreditam; ou, caso não acreditem, esperam pelo menos receber a aprovação dos homens bons. Já o cristão pensa que todo bem que faz advém da vida de Cristo que o anima interiormente. Não pensa que Deus nos amará mais por sermos bons, mas que Deus nos fará bons porque nos amou primeiro, do mesmo modo que o teto de uma estufa não atrai o sol por ser brilhante, mas brilha porque o sol irradia sobre ele. C.S. Lewis

- Sufocar os Ruídos interiores -

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Deus criou tua alma silenciosa no Batismo , em um silêncio inviolado. Preencheu-a de Si mesmo ao descer a ela toda a Trindade Santa, nada mais que para Ele. Foi mais tarde, pouco a pouco , que o mundo irrompeu. O ruído a invadiu, cobrindo a doce Voz de Deus e o barulho se amplificou. Volta ao silêncio batismal, irmão! O ruído tem três geradores : 1- As recordações 2- A curiosidade 3- As inquietações Paralisar suas ações! a. Faz calar os ruídos das recordações ! Não recordes , não reavives nenhuma má lembrança ...! O mal arrependido está perdoado ; a generosidade do Amor presente repara o passado . Esquece as ações concretas. Basta te manteres diante de Deus como pecador beneficiário de Sua infinita Misericórdia. O mal é nada! Para que recordá-lo ? Pensa somente na Graça de Jesus Cristo que te salvou , no esquecimento eterno de tuas faltas , as quais Deus destruiu. Ele não coleciona pequenez ..! Guarda para Ele um coração filialmente contrito , receptivo e t

Repetir a oração

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"Nós devemos constantemente e incessantemente repetir a Oração de Jesus. Apenas o nome de Cristo deve permanecer dentro do nosso coração e mente; quando negligenciamos a nossa oração, que é a nossa comunicação com Deus, o inimigo encontra a chance de nos confundir com pensamentos negativos. Assim, acabamos não sabendo o que queremos, fazemos ou dizemos." -- Abba Paisios

A prontidão

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A prontidão e o compromisso do homem não são suficientes se ele também não contar com ajuda de cima; igualmente, a ajuda de cima não nos é benéfica, a menos que haja compromisso e prontidão da nossa parte. Assim, eu vos imploro não confiar tudo a Deus e depois adormecer (não permanecer Atento e Vigilante), nem pensar, quando você se esforça diligentemente, que você conseguirá tudo por seus próprios esforços. -- São João Crisóstomo, Filocalia.

Incapacidade

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O fato de você estar ciente de sua incapacidade de se concentrar na Oração de Jesus é também uma graça. Mesmo não interessado, tome a repetição do Nome Divino como um remédio. Isso também terá um bom resultado. Você vai melhorar. O Nome Divino não é como o remédio mundano que às vezes funciona e às vezes não; a repetição do Nome Divino invariavelmente dá frutos.

Morada do Espírito

"Quando o Espírito estabelece sua morada em alguém, este não pode deixar de orar, pois o Espírito não cessa de orar nele. Mesmo que durma ou que vele, a oração não se separa de sua alma. Enquanto bebe, come, está deitado ou se dedica ao trabalho, o perfume da oração brota de sua alma. Dali por diante, não só em momentos determinados, mas em todo o tempo, os movimentos da inteligência purificada são vozes mudas que cantam, no segredo, uma salmodia ao Invisível"  -- Isaac, o Sírio

Ao orar...

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Ao orar a Oração de Jesus repetidamente, ela se torna estabelecida em nossos corações. Com o tempo, a oração sobe à consciência sem esforço da nossa parte. Em meio a problemas, tentação, dor, raiva ou frustração, esta oração nos faz conscientes da presença de Deus. Como resultado, nos tornamos oração. Começamos a adorar e orar, não em nossas próprias palavras, nem em nossas próprias mentes, mas no Espírito. -- Filocalia

A surpreendente e sofisticada dieta dos monges medievais

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Nem só de pão eles viviam O historiador David Snowden, em seu livro  Flans and Wine , publicou receitas usadas por monges beneditinos na Inglaterra do século XIV, revelando que eles sobreviveram muito mais do que apenas de pão. As receitas usadas pelos monges beneditinos da Evesham Abbey, fundada em 701, indicam que os monges tinham, na verdade, paladares bastante sofisticados. Muitos pratos eram condimentados com ervas e especiarias difíceis de se conseguir na época. Tais especiarias “eram muito caras. E uma maneira de mostrar a prosperidade da abadia era produzir alimentos e condimentos raros”, disse Snowden à  BBC. “Por exemplo, muitas dessas receitas levavam açafrão, porque ele valia mais do que ouro”, disse ele. Assim, apenas poucos mosteiros podiam comprar ou produzir o condimento.   As receitas ainda incluíam mexilhões cozidos com alho-poró e molho de Saracen (um molho picante vermelho), carne de caranguejo frito em azeite com ovos mexidos e pratos contendo ost

COMO PERSEVERAR NA VIRTUDE, POR SANTA CATARINA DE SIENA

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1.Saudação e objetivo  Em nome de Jesus Cristo Crucificado e da amável Maria, caríssimo filho no do Jesus Cristo, eu Catarina, serva e escrava do servos de Jesus Cristo, escrevo no seu precioso sangue, desejosa de ver-te perseverante em toda virtude. 2. A perseverança é fruto do amor Sem a perseverança não alcançarás a coroa da glória, que é dada aos verdadeiros lutadores. Tu me dirás: “Onde posso achar a perseverança”? Responde-te. Uma pessoa só presta serviço a outra na medida do amor que lhe dedica. Não mais. Em tanto falhará em servir, quando falhar no amor. Mas também tanto amará, quando se sentir amada. Veja bem: ao sentir-se amada, a pessoa ama. É desse amor que nasce a perseverança. Portanto, à medida que abrires o olhar da tua inteligência para ver o fogo e o abismo do infinito amor de Deus por ti — amor revelado do Verbo, Filho de Deus — tu te verás obrigado a amar a Deus de todo o coração, com todo afeto, com todas as tuas forças, sem interesses, de modo

Mortificação das quatro paixões naturais

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Para mortificar as quatro paixões naturais que são: gozo, tristeza, temor e esperança, aproveita o seguinte: Inclina sempre não ao mais fácil, mas ao mais difícil; Não ao mais saboroso, mas ao mais insípido; Não ao mais gostoso, mas ao que não dá gosto; Não se inclinar ao que é descanso, mas ao mais trabalhoso; Não ao que é consolo, mas ao que não é consolo; Não ao mais, mas ao menos; Não ao mais alto e precioso, mas ao mais baixo e desprezado; Não ao que é querer algo, mas o que é não querer nada; Não andar procurando das coisas o melhor, mas o pior; e por Jesus Cristo ter, para com todas as coisas do mundo, desnudez, vazio e pobreza. São João da Cruz

Das vantagens da luta

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Das vantagens da luta Non coronatur nisi qui legitime certaverit. Ninguém é coroado, sem que tenha combatido legitimamente. (II. Tm 2, 5) Enumeramos as diversas qualidades que deve ter o verdadeiro soldado de Deus. Dispondo desses meios, pode entrar em guerra, certo de que a luta durará enquanto lhe durar a vida.  Terá, com efeito, toda a vida uma natureza rebelde, tendências más, que deverá sempre reprimir, sem nunca poder diminuí-las. A concupiscência resulta do pecado original. Como os outros males que provêm de igual origem, a ignorância, a sujeição às enfermidades e à morte, essa concupiscência se fará sentir toda a vida para nos fazer compreender o mal que é o pecado, e levar-nos a expiar nossas faltas individuais. Mas essa luta não é somente um castigo e um meio de expiação. Deus pune como Pai, e as penas que impõe são também benefícios, pois impedem males mais funestos e produzem vantagens inestimáveis.   A luta nos acautela contra a indolência, contra o

“Estação da Alma”: os franciscanos que moram num incrível trem-convento

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“O trem representa o caminho itinerante, mas também a simplicidade e a precariedade” Quando pensamos em um convento, imaginamos uma construção formada por claustro, pátios, capela e outros espaços. Este não é o caso de um grupo de frades franciscanos no Sul da Itália, que adaptou vagões de trem para o uso religioso. O convento dos Frades Menores Renovados, conhecido como “A estação da alma”, está localizado no bairro de Scampia, uma das regiões mais perigosas e pobres da cidade de Nápoles, Itália. No local, há cinco vagões que são utilizados como claustro, capela e espaços comuns. Também há um jardim, um contêiner, que foi adaptado para receber as visitas e uma oficina. O superior do convento, Frei Carlo, disse ao jornal “Corriere del Mezzogiorno” que estes vagões “foram doados pela Ferroviária Estatal, que os colocou com gruas no terreno, que foi doado por um morador local. “Nós não escolhemos viver nos vagões, não foi algo programado. Quando chegamos aqui, esper

Cristo: ver com olhar claro

Clarificar o olhar do coração Cristo não se esgota com um ou com cem olhares superficiais. Detenhamo-nos agora a pensar um pouco mais na aventura de quem adentra constantemente no mar de luz que é Cristo. Com o olhar interior purificado pela humildade e a penitência, Jesus faz  brilhar a sua luz em nossos corações  (2 Cor 3, 18), e nos leva ao encantamento de descobrir facetas sempre novas do  esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo  (2 Cor 4,6). É uma experiência feliz que são Paulo viveu. É claro que, para facilitar isso, além do hábito de meditar a Sagrada Escritura, precisamos: ─ adquirir o hábito da leitura espiritual cristã, se possível diária (quem quer mesmo, acha tempo para isso), pedindo a orientação oportuna para escolher as obras formativas mais úteis para nós em cada situação da vida ─ há muitas leituras e muito boas ─; sempre podemos ler algum livro que nos ajude. ─ aprofundar também nas raízes doutrinais da fé com o estudo frequente do  Catecism

Mais sobre amor ao próximo

Levai uns as cargas dos outros, e deste modo cumprireis a lei de Cristo   (Gal 6, 2). Para “levar as cargas”, pensemos em primeiro lugar – evocando o exemplo do samaritano que carregou o ferido – que os outros deveriam ter mais espaço e mais “peso” nos nossos  pensamentos . Na verdade, se o amor de Cristo habitasse no nosso coração, certamente nos preocuparíamos mais com os problemas do próximo. É sugestiva essa palavra “pre-ocupação” – no sentido em que agora a empregamos –, pois indica um modo de pensar  antes  com interesse, preparando assim uma dedicação, uma “ocupação” em serviço dos outros. Como seria bom que o pai e a mãe de família, ao transporem o limiar da casa, deixassem fora as “preocupações” no sentido negativo da palavra, isto é, as apreensões, angústias, questões de solução difícil, prazos que vão vencer em breve…, e entrassem no lar com uma preocupação boa: com alguma iniciativa pensada, preparada antes com carinho para alegrar alguém, para causar uma agradável su

VOLTAR AO PAI

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“Uma coisa é importante acima de tudo mais: ‘voltar ao Pai’. O Filho veio ao mundo e morreu por nós, ressuscitou e subiu para o Pai. Enviou-nos o Espírito Santo para que Nele e com Ele pudéssemos voltar ao Pai. Sim, para que pudéssemos passar completamente para além da névoa de tudo que é transitório e inconclusivo: Voltar ao Imenso, ao Primordial à Fonte, ao Inconhecido, àquele que ama e conhece, ao Silencioso, ao Misericordioso, ao Santo, Àquele que é tudo. Procurar algo, preocupar-se com algo fora disso, é loucura e enfermidade. Pois isso é o sentido pleno e o cerne de toda existência. E é nisso que todos os negócios de nossa vida e todas as necessidades do mundo e dos homens tomam seu sentido certo. Tudo aponta para essa única grande volta à Fonte.” Reflexões de um espectador culpado (Vozes, 1970) pág. 198

Vida Espiritual #01

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A ousadia do sinal da Cruz

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"Quando fazemos o sinal da cruz, dizemos: "em nome do Pai e do Filho, e do Espírito Santo". Significa que aquilo que fazemos acontece como incumbência, e na força da Santíssima Trindade. De onde temos o direito a essa linguagem ousada inédita? Da força da sagrada cruz. Possuímos o direito de falar assim porque fomos remidos pela santa cruz, ela foi escolhida pela Santíssima Trindade desde a eternidade como instrumento da redenção, e no madeiro amplamente visível da da ignomínia foi fixado o peso do pecado da humanidade. Fazendo o sinal da cruz em nome da Trindade, prestamos honra à justiça divina e com ela proferimos o juízo de morte sobre nossa natureza pecadora (Hb 3,6). Nós somos a morada de Deus." Edith Stein, Teu coração deseja mais.

Viver eucaristicamente

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Há um longo caminho entre a satisfação pessoal de ser um "bom católico", que "cumpre com seu dever", lê um "bom jornal", "faz boas escolhas", etc., mas no mais faz o que lhe agrada, até chegar a uma vida nas mãos de Deus e a partir das mãos dele, na simplicidade da criança e na humildade do cobrador de impostos. Todavia, quem uma vez já trilhou o caminho não o fará novamente. Assim, a filiação divina significa: tornar-se pequeno, mas ao mesmo tempo tornar-se grande. Viver eucaristicamente significa sair perfeitamente da estreiteza da própria vida e crescer para dentro da amplidão da vida de Cristo. Quem procurar o Senhor em sua morada não vai querer vê-lo ocupar-se apenas conosco e com os nossos assuntos pessoais. Irá começar a interessar-se pelos assuntos do Senhor. Edith Stein, teu coração deseja mais

Dificuldades da vida cristã - O que fazer diante dos ataques dos outros e diante da constatação da nossa própria fraqueza?

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Escrevo este texto em resposta à pergunta que uma cara amiga me fez recentemente e que basicamente se resumia a duas partes: 1- por que, se nos decidimos por Cristo de fato, tantas são as pessoas que ficam contra nós, nos fazendo contínua oposição, e somos expostos à perda de "tudo"? 2- Isto significa que, para ser um bom cristão, é preciso ser masoquista, ser de ferro ou ser divino? *** Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir. Por tua causa e por teu nome estão todos contra mim (Jer 20,7) Para que vivemos? Vivemos para nos santificarmos, dirá Sto Afonso. Este é o grande motivo pelo qual Deus nos mantém nesta vida, o que significa que tudo o mais, comparado a isto, é bastante secundário. A santidade acontece quando há união de vontades, isto é, quando a vontade de Deus se torna a minha, de modo que eu queira o que Deus quer e deteste o que Deus detesta. No entanto, é preciso entender que há uma desordem em nós, fruto do pecado. Este é um fator i