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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Resumo do livro Diálogo sobre a Divina Providência de Santa Catarina de Siena

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“O Diálogo sobre a Divina Providência” é um livro muito querido ao coração da Catarina. Recomenda-o, vivamente, aos seus discípulos. Podemos considerá-lo o seu testamento e a sua mais bela síntese teológica do amor de Deus com a humanidade. Segundo a “Legenda Maior”, “O Diálogo sobre a Divina Providência” foi composto entre o mês de julho de 1377 e maio de 1378, portanto em menos de um ano. Alguns autores dizem que Catarina teria escrito este livro em cinco dias, mas isso não é comprovado. Boa parte de “Diálogo” foi ditado durante os êxtases de Catarina. Ela mesma havia dito a seus secretários que, logo que entrasse em êxtase, se preparassem para escrever o que ela o que ela iria dizendo. Chama-se o “Diálogo sobre a Divina Providência” porque não é senão um longo e apaixonado diálogo entre Catarina e Deus. Ela própria relata o que ia acontecendo no seu íntimo durante os êxtases. “O Diálogo” foi traduzido para o latim, que era naquele tempo, a língua dos doutos. Foi

A luz veio a este mundo

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É evidente que, dado que a luz veio a este mundo [Jo 1,9] para iluminar os que estavam nas trevas, porque nos visitou a «luz do alto» [Lc 1,78], esse mistério é o nosso mistério. [...] Corramos, pois, todos juntos, vamos todos ao encontro de Deus. [...] Deixemo-nos iluminar por Ele, meus irmãos, tornemo-nos resplandecentes. Que nenhum de nós permaneça afastado desta luz, como se fosse um estrangeiro; que nenhum se obstine em permanecer mergulhado na noite. Pelo contrário, a vancemos para a claridade; caminhemos, iluminados, ao seu encontro, e recebamos, com o velho Simeão, esta luz gloriosa e eterna. Com ele exultemos de todo o coração e cantemos um hino de ação de graças a Deus, Pai da luz [Tg 1,17], que nos enviou a claridade verdadeira, para nos tirar das trevas e nos tornar resplandecentes. São Sofrônio de Jerusalém

"Um companheiro inseparável."

O sofrimento acompanha-nos, passo a passo, no caminho da vida. É um companheiro assíduo e inseparável: sofrimento físico, sofrimento moral, doença, decepção, frustração, perda... O sofrimento pode ser um grande amigo ou um terrível inimigo, pois tem o poder de edificar ou destruir, de enriquecer ou despojar. Tudo depende de como o encaramos, do “sentido” que somos ca pazes de lhe dar. A sombra da cruz – do sofrimento e do sacrifício – faz-nos estremecer. Custa-nos entendê-la e, ainda mais, custa-nos aceitá-la. Por que o sofrimento? Por que o sacrifício? Todos nós já fizemos provavelmente essas perguntas, uma ou muitas vezes na vida. E todos sabemos que, quer perguntemos quer não, quer aceitemos a cruz ou nos revoltemos contra ela, continuará a fazer parte deste mundo e da vida de cada um de nós.  Em nada pode ajudar-nos fazer meras especulações sobre o sofrimento baseadas em hipóteses irreais: “Se não existisse o sofrimento...”, “Deus não deveria permitir o sofrimento.

"A raiz de todos os vícios."

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Ó peste de orgulho, que fazes tu aí? Por que persuadir o riacho a se separar de sua fonte? Por que persuadir o raio de luz a romper sua ligação com o Sol? Por que, senão para que o riacho, cessando de ser alimentado pela fonte, seque, e que o raio de luz, cortada sua união com o Sol, se converta em treva? Por que, senão para que assim ambos, no mesmo instante em que cessam de receber o que ainda não têm, percam imediatamente aquilo mesmo que já tê m?' [...]E assim é que o homem soberbo, arvorando-se como causa do bem que Deus lhe deu graciosamente, atribui-se uma honra que só cabe a seu Criador. Ele rouba a glória de Deus, e fazendo isso desencadeia sobre si todos os males. A Soberba, portanto, nos despoja do próprio Deus. Hugo de São Vitor